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Quatro atuações do Banco Central (BC) nesta sexta-feira (24) não foram suficientes para evitar a alta do dólar no dia. Mais uma vez, a moeda sofreu bastante oscilação ao longo do pregão, fechando em alta de 0,95%, cotada a R$ 2,327.

Ao longo do pregão, o câmbio alternou sinalizações de alta e baixa, influenciada de um lado pela tensão do mercado financeiro mundial e de outro pelas seguidas intervenções do Banco Central (BC) no mercado.

Por volta das 11h, a autoridade monetária voltou ao mercado para vender dólares no mercado à vista, a uma taxa de corte de R$ 2,35. O BC também vendeu cerca de US$ 1,7 bilhão em contratos de "swap" cambial em contratos com vencimento em dezembro deste ano e em janeiro de 2009.

Em um segundo leilão de "swap", realizado na seqüencia, a instituição colocou US$ 751,8 milhões no mercado com contratos de ajuste periódico. A quarta intervenção da autoridade monetária veio já no fim do pregão, para um novo leilão de reservas brasileiras.

Na quinta-feira (23), o BC anunciou que estaria preparado para vender até US$ 50 bilhões em contratos de "swap cambial". Estes instrumentos funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro, o que contribui para impedir uma disparada maior do dólar no mercado à vista.

Recessão à porta

Em todo o mundo, os mercados reagem mal às crescentes perspectivas de que uma recessão global esteja se aproximando. Nesta sexta-feira, a notícia ruim veio da Grã-Bretanha: o país anunciou que seu PIB encolheu 0,5% no terceiro trimestre, seguindo período igual de crescimento zero.

"O BC está querendo é mostrar que ele tem lastro para bancar a coisa. Então, isso tudo reverte numa situação de alerta a eventuais especuladores, de que se precisar, ele (o BC) vai utilizar todo o arsenal de que dispõe", avaliou Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros.

"O nosso mercado aqui está especificamente se ajustando ao mercado de fora", afirmou Jorge Knauer, gerente de câmbio do banco Prosper. "É mais do mesmo lá fora", comentou Knauer. Ele citou a influência da valorização global do dólar em sua alta frente ao real. "O mercado de moedas internacional segue com volatilidade grande. Não seria diferente aqui, temos que nos ajustar."

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