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"Cenário de mercado"

BC prevê inflação mais baixa em 2007 e 2008

Para 2008, previsão recuou de 5% para 4,6% no "cenário de mercado". Para Banco Central, inflação está convergindo para as metas do CMN.

O Banco Central (BC) revisou para baixo as suas estimativas de inflação para os anos de 2007 e 2008, informou a própria instituição nesta quinta-feira (28) por meio do relatório de inflação. Com isso, a autoridade monetária passou a projetar um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% para 2007 e de 4,6% para 2008 no chamado "cenário de mercado", que pressupõe as estimativas do mercado financeiro para a taxa de câmbio e de juros. O "cenário de mercado" contempla as melhores previsões possíveis e, por isso, é considerado mais factível.

Até o momento, o Banco Central vinha projetando um IPCA de 4% para 2007 e de 5% para 2008 no "cenário de mercado". O recuo das estimativas da autoridade monetária indica que a inflação, na visão do BC, está convergindo para as metas predeterminadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central tanto para 2007 quanto para 2008 é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Pelo sistema de metas de inflação, o BC tem de mirar no centro da meta. Deste modo, a inflação convergindo para a meta central indica que a autoridade monetária teria, teoricamente, mais espaço para continuar reduzindo a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 12% ao ano - mais baixa da história. Em termos reais, porém, são os juros mais elevados do mundo.

Entretanto, na divulgação da meta de inflação de 2009, ocorrida nesta semana, o Banco Central informou que poderia mirar abaixo do centro da meta (4%). Deste modo, a trajetória da taxa de juros pode não ser tão favorável se a autoridade monetária estivesse mirando na meta central de 4,5%.

Segundo o BC, a queda na sua projeção de inflação para 2007 e 2008 está associado, principalmente, a dois fatores: revisão das projeções para a variação dos preços administrados em 2007 (de 4,5% para 3,6%) e em 2008 (de 5,6% para 4,5%), e a apreciação da taxa de câmbio verificada desde março (de R$ 2,10 para R$ 1,95). No "cenário de mercado" a queda nas estimativas para a taxa de câmbio no futuro também teve impacto na projeção do BC.

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