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O Banco Central subiu nesta terça-feira (21) de US$ 60 bilhões para US$ 64 bilhões a sua previsão para o déficit em transações correntes em 2011, um dos principais indicadores do setor externo brasileiro.

Se confirmado, será o pior resultado da série histórica, que começa em 1947. Até o momento, o maior déficit em conta corrente foi registrado em 1998 (US$ 33,4 bilhões), de acordo com o BC.

Para 2010, a estimativa de rombo das contas externas foi mantido em US$ 49 bilhões, o que também representará recorde histórico.

Na proporção com o PIB, a previsão do BC é de que o resultado negativo em transações correntes deste ano fique em 2,41%, o valor mais baixo desde 2001 (-4,19% do PIB). Para 2011, a estimativa do BC é de que o déficit subirá para 2,85% do PIB.

Piora nas condições de financiamentoAo mesmo tempo em que prevê déficits progressivos nas contas externas, o BC informa que os investimentos estrangeiros diretos não devem ser suficientes para cobrir o rombo neste ano e, também, em 2011.

Para 2010, a estimativa do BC de ingresso de investimentos estrangeiros diretos subiu de US$ 30 bilhões para US$ 38 bilhões. Já para o ano que vem, a estimativa da autoridade monetária para a entrada de investimentos estrangeiros diretos foi mantida em US$ 45 bilhões - valor que também é insuficiente para cobrir o déficit previsto em conta corrente de US$ 64 bilhões.

Isso quer dizer que o país precisará se apoiar mais na entrada de capitais para aplicações financeiras (renda fixa e bolsa de valores), considerados mais instáveis, pois podem sair a qualquer momento, ou pegar empréstimos no exterior para fechar a conta.

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