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O Banco Centralinformou nesta quinta-feira (18) que realizará nesta sexta (19) um leilão de venda de dólares ao mercado financeiro, com compromisso futuro de recompra, algo que não acontecia desde fevereiro de 2003 no início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O anúncio de que a autoridade monetária venderia divisas foi feita pelo presidente da instituição, Henrique Meirelles, em Nova York. Segundo ele, o objetivo é fornecer "liquidez" ao mercado de câmbio. Os dólares vendidos são aqueles das reservas internacionais, que já estão acima de US$ 208 bilhões. O BC informou que, nesta sexta-feira, serão vendidos até US$ 500 milhões, entre as 11h30 e 12h desta sexta-feira, por meio de seus "dealers" (instituições autorizadas a operar em seu nome) com resultado divulgado a partir das 12h30. A recompra será feita depois de 30 dias corridos após a liquidação, que está marcada para 23 de setembro. Caráter temporário

Segundo o Banco Central, a decisão de comprar dólares é de "caráter temporário" e não tem como objetivo influenciar na cotação da taxa de câmbio. "O Banco Central reafirma que não existe meta para a taxa cambial, seja com fixação de tetos ou pisos", acrescentou. Antes do anúncio de que o BC compraria divisas, o dólar chegou a subir 5,03%, sendo cotado em R$ 1,96. Depois da fala de Meirelles, perdeu um pouco seu ímpeto, e fechou em R$ 1,92, com elevação de 2,89%. Formato do leilão

Cada instituição financeira poderá adquirir até 20% do montante máximo anunciado pelo Banco Central. A taxa de câmbio utilizada na operação, informou a autoridade monetária, será aquela divulgada em boletim que sairá às 11h desta sexta-feira no Sistema de Informações do BC (Sisbacen). O BC divulgou ainda que cada banco poderá fazer somente uma proposta de compra dos dólares.

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