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Os bancos centrais da América do Sul avaliaram que há riscos de maior volatilidade nos mercados financeiros internacionais e moderação na expansão da economia global. A maioria dos países da região, entres eles o Brasil, terá crescimento menor em 2014 do que havia sido projetado.

A maior volatilidade foi associada pelos presidentes dos bancos centrais sul-americanos à incerteza a respeito da normalização da política monetária norte-americana, diminuição nos preços das matérias-primas e mudanças nas expectativas sobre o desempenho da economia em alguns países da região.

Embora se observe uma recuperação na economia dos Estados Unidos, os bancos centrais da América do Sul veem desempenho econômico menor dos países da zona do euro, com impacto na região. Para 2015, há expectativa de uma recuperação no crescimento dos países sul-americanos em decorrência de "sólidos fundamentos macroeconômicos", de acordo com declaração conjunta dos presidentes dos BC da região, divulgada após reunião em Lima, no Peru, realizada na última sexta-feira. Também se espera que a inflação se estabilize nesses países, que têm experimentado choques de oferta ou vivido desvalorização em suas moedas.

Estudos

No encontro, foi apresentado estudo que mostra que, a partir de 2012, ocorreu uma aceleração no volume de emissões de bônus corporativos no mercado internacional na maior parte dos países. Com base na amostra analisada, 66% das emissões tiveram prazo superior a cinco anos, enquanto que em 26% o prazo superou dez anos. Segundo o estudo, indicadores de rentabilidade, solvência e liquidez das empresas do setor produtivo emissoras não exibiram deterioração.

Outro estudo mostrou que, nos últimos dez anos, a China se tornou um importante parceiro comercial para a maior parte das economias sul-americanas. A agropecuária e a mineração são os subsetores que mais têm tido participação nesse processo.

Ficou acertado que o BC da Colômbia realizará um estudo sobre o impacto real e financeiro da evolução futura dos preços das matérias-primas nas economias da região. Paralelamente, o Banco Central do Chile fará um estudo sobre o endividamento das famílias nas economias da região. O presidente do BC do Brasil, Alexandre Tombini, não participou da reunião e foi representado por funcionário da instituição.

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