O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, deve renunciar ao cargo neste sábado (12) após uma nova lei orçamentária ser aprovada no Parlamento, abrindo caminho para um governo de emergência e encerrando uma das eras mais escandalosas da história italiana pós-Segunda Guerra. A Câmara dos Deputados o debate sobre um pacote de reformas econômicas para reverter uma queda na confiança do mercado financeiro, algo que ameaçou causar uma crise ainda maior em toda a zona do euro. Espera-se que o pacote seja aprovado, pois as medidas, que passaram pelo Senado com sucesso na sexta-feira, foram aprovadas sem emendas na comissão de orçamento na própria Câmara dos Deputados. A aprovação definitiva do pacote pela Câmara marcará o último ato de Berlusconi no governo. Ele deve realizar uma reunião final de gabinete e , em seguida, encaminhar-se para o Palácio do Quirinal para entregar sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano. Sua saída causará uma série de reações durante o fim de semana. Elas devem se encerrar na noite de domingo ou na segunda pela manhã, com a formação de um novo governo, chefiado pelo ex-comissário europeu Mario Monti. Monti, que atualmente chefia a prestigiada Universidade Bocconi, em Milão, deve comandar um governo altamente tecnocrático para aprovar reformas em uma tentativa de evitar uma crise ainda mais perigosa.
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