Pressionada pela entrada no pais de possíveis concorrentes, a BM&F Bovespa anunciou nesta terça-feira (5) uma redução de 28,5% nos custos de negociação de ações no mercado à vista a partir de abril.
Segundo Edemir Pinto, presidente da única Bolsa brasileira, essa redução foi possível porque aumentou o volume médio de negócios de R$ 5 bilhões para R$ 7 bilhões desde o final do ano passado. "Capturamos esse ganho de escala e queremos compartilhar com o mercado", disse.
A mudança implicará hoje em um renuncia entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões anuais, que a Bolsa espera compensar com o aumento do volume de negócios.
A BM&F Bovespa decidiu também levar os benefícios em termos de custos dados às chamadas negócios de alta frequência, emitidas por supercomputadores pré-programados, para todos os days traders -incluindo o investidor pessoa física. Esses investidores têm acesso a alíquotas reduzidas de negociação conforme o volume negociado.
A empresa também anunciou um ambicioso programa de redução de tarifas progressivas, dependendo do volume médio negociado no pregão, que valerá para os próximos anos.
O desconto de 28,5% valerá até quando o volume médio for de R$ 9 bilhões (hoje e de R$ 7 bilhões). Quando subir para a faixa acima de R$ 9 bilhões e até R$ 11 bilhões, o desconto subirá para 42,8% -e assim sucessivamente.



