Os bancos públicos vão entrar com 70% do novo empréstimo negociado pelo governo para o setor elétrico, no valor de R$ 6,5 bilhões. Segundo técnicos da área econômica, além dos R$ 3 bilhões que virão do BNDES, Banco do Brasil e Caixa entrarão com R$ 750 milhões, cada um, somando R$ 4,5 bilhões. A operação de ajuda às distribuidoras de energia está sendo finalizada e será anunciada até o dia 15 de agosto.
Os técnicos informaram que os R$ 2 bilhões restantes do empréstimo virão principalmente do Bradesco e do Itaú, sendo que outros bancos privados devem entrar na operação com parcelas menores. A negociação agora envolve as taxas do financiamento. No primeiro empréstimo ao setor elétrico, de R$ 11,2 bilhões, a remuneração acertada foi o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 1,9%. Agora, no entanto, essas taxas podem ser maiores.
De acordo com integrantes do governo, os bancos privados têm pressionado por uma taxa mais alta e exigido mais garantias para participar da ajuda adicional às distribuidoras. Mas a área econômica garante que o negócio é vantajoso e que as garantias são seguras porque contam com o aval do Tesouro Nacional e, portanto, serão as mesmas utilizadas na primeira operação.
Impacto na tarifa
O primeiro empréstimo começará a ser quitado a partir de 2015 até 2017. O pagamento seria feito por meio das tarifas cobradas dos consumidores. A partir do ano que vem, as contas de luz terão um encargo adicional destinado a cobrir os custos do empréstimo. Com o novo empréstimo, essa conta deve ficar mais salgada.
O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse ontem à rádio CBN que esse aumento será diluído ao longo de três anos e reduzido pelo efeito do vencimento de concessões de usinas cuja energia será vendida a preços mais baixos que os atuais. Segundo a declaração de Zimmermann, o governo espera aumentos de 2,6% nas tarifas em 2015, de 5% em 2016 e de 1,4% em 2017.
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