O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anuncia nesta segunda-feira uma linha de financiamento a capital de giro, com nova injeção de recursos de R$ 10 bilhões para o setor produtivo.
Será mais uma medida do governo para tentar manter inalterado o nível de investimentos no País, apesar da crise. Do volume recorde de R$ 90 bilhões que o banco estima liberar este ano, pelo menos R$ 51,2 bilhões virão de reforços extras em seu caixa.
A escassez de recursos no mercado elevou a importância do banco estatal - principal veículo financiador das empresas nacionais - na economia.
O BNDES aumentou sua participação no crédito à exportação para suprir a seca das Antecipações de Contratos de Crédito (ACCs); passou a oferecer empréstimo-ponte para garantir novos projetos; elevou sua participação em projetos industriais e se dispôs a entrar como debenturista ou acionista no capital de empresas em dificuldades.
"Vai haver um momento em que o governo, que orienta o banco, decidirá o que é mais conveniente: ou o BNDES fica restrito, atuando de forma mais segmentada e seletiva, ou aumenta o seu funding. Considerando a característica o longo prazo, é possível que o nível do banco tenha de ficar sistematicamente acima da capacidade atual", disse o diretor financeiro do banco, Maurício Borges Lemos.
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