A Boeing cortou na sexta-feira 4.500 postos de trabalho na sua unidade de produção de aviões comerciais, ou cerca de 7 por cento do total da fábrica, na tentativa de reduzir custos e resistir à recessão global.
A empresa, segunda maior fabricante mundial de aviões, se junta assim a gigantes como Alcoa, Caterpillar, Chrysler, 3M e outras, que fizeram demissões em massa por causa da redução da demanda, contribuindo com o aumento do desemprego norte-americano.
A Boeing, que no ano passado perdeu várias encomendas para a Airbus --subsidiária do grupo europeu Eads--, disse que o desgaste normal e a redução nas vagas sob contrato representariam parte do fechamento das vagas, mas que também seria necessário um enxugamento do quadro de pessoal.
Muitos do cortes ocorrem em funções de supervisão, sem ligação direta com a produção dos aviões, segundo a Boeing. As demissões devem acontecer principalmente nas enormes fábricas da região de Seattle, entre abril e junho.
"Este é outro doloroso lembrete de que a recessão está batendo à porta das famílias do Estado de Washington (onde fica Seattle)", disse a senadora estadual Patty Murray em nota. "A Boeing é parte do fluxo sanguíneo da nossa região, e quando a Boeing sofre, o Estado de Washington sofre."
A empresa disse que a unidade de aviação comercial empregará cerca de 63.500 pessoas depois das reduções, aproximadamente o mesmo nível do início de 2008. No final do ano passado, havia 67.659 empregados.
O grupo, que também é a segunda maior empresa do setor de defesa dos EUA, tinha um total de um pouco mais de 162 mil empregados no final de 2008.
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