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Lula não interferiu no acordo entre Petrobras e YPFB

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não interferiu no acordo fechado entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB sobre a venda de duas refinarias da empresa brasileira para o país vizinho por US$ 112 milhões.

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O governo brasileiro fechou acordo com a Bolívia para finalmente vender as duas refinarias que a Petrobras tem na Bolívia por US$ 112 milhões. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira pelo ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau. Foram dez dias de negociações que envolveram ameaças de convocação de um tribunal arbitral para dar um ponto final no impasse e até a intervenção do presidente Lula, na noite de quarta-feira, dizendo que a estatal brasileira fechasse o acordo.

Rondeau afirmou que a Petrobras estará à disposição para o que a Bolívia precisar em matéria de apoio operacional. O ministro ressaltou ainda que 95% dos funcionários das duas refinarias já são bolivianos.

Com o resultado das negociações, a Petrobras perde US$ 68 milhões, já que investiu US$ 102 milhões na compra das duas refinarias em 1999 e ainda gastou mais US$ 78 milhões nas unidades.

A venda das refinarias da Petrobras para a YPFB se fez necessária depois que o governo boliviano nacionalizou o setor de hidrocarbonetos e impediu exportações pelas duas unidades da estatal brasileira. As duas processam juntas cerca de 40 mil barris diários de petróleo.

Na verdade, terminou ao meio-dia desta quinta-feira, o prazo dado pelo governo brasileiro para que os bolivianos se manifestassem sobre a proposta feita pela Petrobras para vender as duas refinarias que são alvo da nacionalização do presidente boliviano Evo Morales. Mas as negociações continuaram ao longo da tarde, até que, por volta de 17hs, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, disse que tudo estava praticamente terminado.

Ainda pela manhã, Morales disse que graças a uma intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a negociação para a recompra das duas refinarias da Petrobras no país vizinho está a ponto de chegar a um final feliz.

A decisão de compra e venda já está tomada, disse Morales em entrevista a jornalistas no início da manhã no Palácio do Governo de La Paz, assegurando que havia resolvido com Lula "problemas de fundo" e que restava pendente apenas um problema em relação ao preço da operação. Na opinião de especialistas, a venda das refinarias será ruim para a Bolívia e para a Petrobras .

— O presidente Lula disse 'vendam as refinarias (a estatal boliviana YPFB) tal como compraram', é uma questão de preço. Estou seguro que em minutos haverá novidades, estamos trabalhando nisso no momento — afirmou Morales na manhã desta quinta-feira.

A decisão brasileira de encurtar as discussões e dar um ultimato à Bolívia veio após Morales ter tirado da estatal brasileira, por decreto, no domingo, o direito de comercializar os derivados de petróleo produzidos nas refinarias da empresa no país andino. O que foi classificado pela empresa como a expropriação do fluxo de caixa da copmpanhia.

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