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Sem seguro

Bolívia adia compra de refinarias da Petrobras

As refinarias ficariam sem seguro caso fossem repassadas ao governo da Bolívia. Bolívia ainda não fez pagamento por refinarias

A transferência de duas refinarias da Petrobras na Bolívia à estatal YPFB foi suspensa por problemas com as empresas responsáveis pelo seguro das unidades. As duas refinarias foram recompradas pelo governo de Evo Morales por US$ 112 milhões em maio deste ano.

O obstáculo surgiu porque as refinarias Elder e Villarroel ficariam sem seguro caso fossem repassadas ao governo da Bolívia. O problema é que as empresas responsáveis pelo seguro só têm relação contratual com a Petrobras e o acordo não era extensivo ao novo proprietário, a YPFB.

Diante do risco de as duas refinarias operarem sem seguro, o governo determinou a suspensão da transferência das duas instalações. A informação, do Ministério de Hidrocarbonetos, foi confirmada pela Petrobras Bolívia.

O governo local tinha conhecimento de que este problema surgiria, por isso havia antecipado o lançamento de uma licitação internacional de seguro, mas o processo ainda não foi concluído.

Pagamento suspenso

A Bolívia chegou a informar que a estatal YPFB depositou na segunda-feira (11) a primeira parcela de US$ 56 milhões referentes à compra das refinarias da Petrobras no país. A Petrobras havia estabelecido prazo até ontem para que o pagamento fosse efetuado.

À tarde, no entanto, o porta-voz da presidência boliviana, Alex Contreras, informou que o pagamento havia sido adiado devido a problemas administrativos. Ainda segundo Contreras, a transferência dos US$ 56 milhões seria concluída nesta terça-feira (12).

A Agência Boliviana de Informações (ABI) diz que a questão do seguro é o único assunto pendente em relação à transferência das refinarias.

"A YPFB Refinación (unidade de refino da estatal do petróleo) não pode trabalhar um segundo sem ter seguro", disse o presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa, segundo a agência.

Gasolina e Diesel

As duas refinarias produzem uma média diária de 40.000 barris de petróleo e abastecem a totalidade da demanda interna de gasolina e 70% do diesel necessário ao país vizinho, além da exportação de derivados de petróleo para o Chile.

Antes de serem recompradas por Morales, as duas refinarias haviam sido privatizadas em 1999 durante o governo Hugo Banzer (1997-2001), operação pela qual a Petrobras pagou US$ 104 milhões.

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