O presidente da Bolívia, Evo Morales, continua firme no propósito de aumentar os preços do gás natural fornecido ao Brasil, tanto no caso dos volumes vendidos à Petrobras, via gasoduto Bolívia-Brasil, quanto em relação ao gás vendido para a usina termelétrica de privada Pantanal Energia, situada em Cuiabá, no Mato Grosso.
Segundo Evo Morales, o preço atual do gás para a termelétrica é vendido a US$ 1,09 por milhão de BTUs (unidade térmica do gás), o que o presidente boliviano considera um absurdo.
Se a Argentina contratou comprar o gás boliviano por US$ 5 o milhão de BTUs, não é possível que uma região como Cuiabá compre por US$ 1 reclamou.
Morales deixou claro que o reajuste extraordinário que a Bolívia está exigindo para o gás vendido à Petrobras continuará sendo tratado em dois níveis. Ele disse que se trata de uma negociação política entre governos e entre as empresas envolvidas, a Petrobras e a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
É um assunto sensível; dizem que isso vai pressionar os custos. Mas, por isso, comparamos que vendemos a alguns países a US$ 5 por milhão de BTUs, e, para outros, a US$ 1. Isso é incrível! Isso é uma forma de subsidiar o gás ao Brasil, a uma região. Para a Petrobras ou o Brasil, não é muito dinheiro, mas nós, pois necessitamos dele neste momento para o nosso desenvolvimento econômico disse Morales.



