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Após oscilarem muito ao longo da sessão, a Bolsa e o dólar fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (22), em dia de volume fraco e com os investidores analisando a última pesquisa Datafolha e o rebaixamento da nota da Petrobras pela agência de classificação de risco Moody's. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com leve baixa de 0,04%, a 52.411 pontos. Foi o terceiro dia seguido de baixa do índice.

O dia foi marcado por instabilidade no mercado acionário local. Na máxima, a Bolsa brasileira chegou a subir 1,52%, mas perdeu força e encerrou com leve queda.

Duas das principais notícias do dia -o rebaixamento da nota da Petrobras pela Moody's e a última pesquisa Datafolha, que confirma a vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação a Aécio Neves (PSDB)- passaram praticamente despercebidas no pregão.

Na noite de terça-feira (21), a agência Moody's rebaixou a nota da Petrobras de Baa1 para Baa2, considerada mediana, e colocou a avaliação em perspectiva negativa, apontando como motivo o forte endividamento da empresa. A notícia, porém, teve pouco impacto sobre os papéis da estatal ao longo do pregão.

Os papéis preferenciais da empresa, os mais negociados, chegaram a subir 3,4%, mas fecharam com queda de 1,02%, a R$ 16,51. As ações ordinárias, com direito a voto, encerraram o dia com queda de 1,61%, a R$ 15,93, mesmo após se valorizarem também 3,4%. Ambas as ações acumulam alta superior a 30% desde março.

Uma das razões apontadas para isso é que o rebaixamento já estava precificado, afirma Roberto Indech, analista da corretora Rico. "O mercado já enxergava a possibilidade de rebaixamento por uma agência de classificação de risco, principalmente pelo alto endividamento da companhia", afirma.Já a divulgação do Datafolha não teve muita influência porque o cenário apresentado não se alterou, afirma Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora. "Foi um dia de respiro depois de duas quedas. Como estamos em reta final de eleições, o mercado aguarda algum fato novo para repercutir, e a pesquisa veio igual à anterior", diz.

Os dados do Datafolha divulgado na terça-feira (21) são quase idênticos aos da pesquisa da segunda, um dia antes. Em votos válidos, Dilma registrou 52%; Aécio Neves (PSDB), 48%. Empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos.

Câmbio

No mercado cambial, o dólar fechou com leve alta em relação ao real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,29%, a R$ 2,484. O dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 0,12%, a R$ 2,480. "O dia foi de volume fraco. Existe um pouco de cuidado com relação à incerteza que há em torno da eleição", afirma Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio."O dólar se comportou em linha com outras moedas, menos especulado e com mais cautela", avalia. Das 24 principais moedas emergentes, apenas seis se apreciaram em relação à divisa americana.

Na manhã desta quarta (22), o Banco Central deu continuidade às atuações diárias no mercado cambial, oferecendo 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Os contratos têm vencimento em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.000 contratos para 1º de junho e 2.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a us$ 196,7 milhões.

O BC também realizou mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, com oferta de até 8.000 contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

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