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Mercado

Bolsa sobe e fecha no maior nível em mais de seis meses

Ibovespa teve alta de 0,94%, impulsionado pelo avanço das ações da Petrobras e da Vale. Dólar fechou em queda de 0,09%

O principal índice da Bolsa brasileira fechou nesta quarta-feira (14) em alta de 0,94%, aos 54.412 pontos, impulsionado pelo avanço das ações de Petrobras e Vale. É a maior pontuação do índice desde 4 de novembro do ano passado, quando ficou em 54.436 pontos. "Foi um dia bem morno, de agenda de indicadores vazia. Com isso, o noticiário corporativo ganhou mais relevância. O mercado continua em tendência de alta no curto prazo", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.

As ações preferenciais (sem direito a voto) de Petrobras e Vale tiveram valorizações de 1,84% e 2,36%, respectivamente. Juntos, ambos os papéis representam mais de 13% do Ibovespa. "A atual pontuação do Ibovespa é importante. É um patamar de definição. O índice também tem sido influenciado positivamente pelo forte ganho das Bolsas americanas, que atingiram máximas históricas nesta semana, apesar do recuo de hoje", acrescenta Machado.

As ações da Ambev, que chegaram a subir 1,20% no início do dia, perderam força e encerraram em alta de 0,60%. Ontem, o governo decidiu adiar por três meses o aumento de tributos sobre a cerveja e outras bebidas frias, como isotônicos e energéticos.

Quem ficou entre os maiores ganhos do Ibovespa foi a Qualicorp, com avanço de 3,63%, após a administradora de benefícios de saúde ter registrado aumento de 105,8% no lucro líquido ajustado do primeiro trimestre, na comparação anual. Os números foram elogiados por analistas.

O setor elétrico também contribuiu para o bom humor da Bolsa, encabeçado por Cesp (+4,50%) e Cemig (+2,92%). Os papéis ordinários (com direito a voto) da Eletrobras também ganharam (+2,72%), assim como a Copel (+2,35%). Já os papéis da Kroton e da Anhanguera, ambas do setor educacional, reagiam à decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de aprovar a fusão entre as companhias, com restrições. A Kroton, que chegou a cair mais de 2% durante o dia, fechou em baixa de 0,30%, enquanto a Anhanguera subiu 1,06%.

Câmbio

No câmbio, o dólar passou a cair em relação ao real durante a tarde, num movimento justificado por operadores pela entrada maior de recursos no país. A expectativa de que a zona do euro adote mais medidas de estímulo em junho, aumentando a oferta da moeda no mercado global, também colabora para a inversão de tendência da moeda, dizem operadores.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve ligeira queda de 0,09% sobre o real, cotado em R$ 2,208 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, mostrou desvalorização de 0,31%, também a R$ 2,208.

O Banco Central deu continuidade às suas intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swaps cambiais (operação que equivale à uma venda futura de dólares), por um total de US$ 198,3 milhões. A autoridade também promoveu um leilão para rolar mais 5 mil contratos de swaps que venceriam em 2 de junho, por US$ 247,4 milhões.

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