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Mercados

Bolsa ultrapassa os 63 mil pontos com ata do BC norte-americano

Entrada forte de dólares ajuda a derrubar cotação da moeda, que fechou a R$ 1,802

São Paulo – O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve novo fechamento recorde nesta terça-feira, acima de 63 mil pontos. Foi a 39.ª marca histórica somente neste ano. Em quase dez meses, a bolsa acumula ganho de 42,89%, sustentada pela nova onda de otimismo global. A divulgação da ata do Federal Reserve, que destacou a unanimidade na decisão de cortar o juro norte-americano em 0,50 ponto porcentual em setembro, não trouxe surpresas negativas e permitiu que as principais bolsas de valores encerrassem em alta.

No documento, o Fed avaliou que as expectativas de inflação estão contidas, deixando aberta a possibilidade de uma nova redução do juro – o que incentiva aplicações em renda variável.

O Ibovespa avançou 1,42%, para 63.548 pontos. Na máxima do dia, o indicador alcançou a máxima histórica de 63.658 pontos. O volume de negócios na bolsa paulista foi de R$ 6,73 bilhões.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 também atingiram recorde durante os negócios. "A conclusão a que o mercado chegou é que o Fed não tem um viés em direção a um aumento do juro, mas provavelmente a uma redução do juro", afirmou Mark Coffelt, vice-presidente financeiro da Empiric Funds, no Texas.

Para o diretor da Novação Distribuidora, Carlos Alberto Ribeiro, a ata do Fed não surpreendeu e ajudou a sustentar o mercado. "Saiu tudo de acordo com o esperado. O mercado gostou de não ter visto nenhuma surpresa. A ata mostrou que a decisão (de reduzir em 0,50%) foi a mais prudente naquele momento", disse ele.

As ações da Petrobras avançaram 2,1%, para 63,14 reais. Nas praças européias, o setor petrolífero foi destaque de alta, acompanhando o avanço das cotações da commodity em Nova Iorque e Londres.

Concessionárias

Por outro lado, entre as perdas do dia estiveram as ações das concessionárias CCR e OHL Brasil. Apesar de ter sido a vitoriosa no leilão de trechos de rodovias federais desta terça-feira, a OHL Brasil amargou queda de 3,25%, a R$ 36.

Segundo Ribeiro, da Novação, as ações reagiram à expectativa de alto gasto que a empresa terá. "O que poderia justificar a queda da OHL neste momento é o grande investimento que ela terá de fazer nas estradas, que precisarão ser reformadas antes de começar a pagar o investimento", afirmou.

Os papéis da CCR, que não arrematou nenhum trecho no leilão, fecharam em baixa de 7,17%, a R$ 36,01.

Em comunicado ao mercado para informar o resultado do leilão, o presidente da empresa, Renato Alves Vale, afirmou que "a CCR norteou-se pelas suas prioridades, através de propostas agressivas e competitivas, no limite de nossa responsabilidade e disciplina de capital".

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