Bolsas da Ásia voltam a despencar; setor de crédito dos EUA assusta

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Mais uma vez as incertezas no mercado imobiliário nos Estados Unidos derrubaram as principais bolsas do mundo na quinta-feira (9). Na Ásia e na Oceania, os efeitos desta nova onda de pessimismo foram sentidos nos pregões desta sexta-feira (10), que registraram fortes quedas.

O Banco Central do Japão injetou 1 trilhão de ienes (US$ 8,45 bilhões) nas operações de seu mercado monetário nesta sexta-feira devido a uma leve alta em sua principal taxa overnight, informou uma autoridade do BC japonês. "É uma medida que foi tomada em resposta às condições no mercado", disse uma autoridade do Banco do Japão à Reuters, quando questionado sobre a injeção de recursos.

Mesmo assim, a Bolsa de Tóquio encerrou o pregão com forte queda: 2,37%. Em Hong Kong o cenãrio não foi diferente: O índice Hang Seng caiu 2,88%. Uma forte queda também foi registrada em Seul. O índice Kospi encerrou o pregão em queda de 4,2%. Em Taiwan a baixa foi de 2,74%. A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,1% e em Cingapura houve queda de 2,52%.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney encerrou o pregão em baixa de 3,69%. Seguindo a tendência, as principais bolsas da Europa abriram em baixa nesta sexta-feira. Paris iniciou o pregão em queda de 2,06; Londres registrou baixa de 1,84%: Frankfurt abriu em queda de 1,76% e Madri começou a operar em baixa de 1,45%.

Na quinta-feira, nem mesmo a atuação dos bancos centrais europeu e americano para garantir maior liquidez aos bancos foi capaz de segurar a derrocada das bolsas mundiais .Os temores de agravamento de uma crise no mercado de crédito dos Estados Unidos fizeram as bolsas mundiais despencar. O fato que desencadeou a forte queda nos mercado foi o anúncio do banco francês BNP Paribas suspender as operações de depósitos e resgates em três de seus fundos, no valor de US$ 2,2 bilhões. O BNP é o maior banco da França e o segundo maior da Zona do Euro.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 3,28%, aos 53.431 pontos, com volume financeiro de R$ 4,387 bilhões. Já o dólar subiu 2,23%, a R$ 1,9270, enquanto o risco-país tinha alta de 8,14%, aos 186 pontos básicos. Nos Estados Unidos, O S&P recuou 2,96%, aos 1.453,09 pontos. O Dow Jones teve queda de 2,83%, aos 13.270,7 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 2,16%, aos 2.556 pontos.

As bolsas européias também fecharam em queda.