Bolsas dos EUA fecham em alta, puxadas pelo Fed

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Os principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos registraram seus primeiros ganhos semanais em mais de um mês nesta sexta-feira, à medida que o chairman do Federal Reserve (banco central norte-americano), Ben Bernanke, aumentou as expectativas para mais estímulos à economia em seu encontro em setembro.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,21 por cento, para 11.284 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,51 por cento, para 1.176 pontos. O Nasdaq subiu 2,49 por cento, para 2.479 pontos.

Na semana, o Dow Jones acumulou alta de 4,3 por cento, o S&P de 4,7 por cento e o Nasdaq 5,9 por cento.

Inicialmente, as ações caíram após a fala de Bernanke, que não descreveu planos detalhados para fortalecer a fraca economia.

Mas houve uma reviravolta no mercado, liderada por papéis do setor de tecnologia, conforme investidores concluíram que o banco central norte-americano estava deixando a porta aberta para ação, segundo alguns operadores, mesmo tendo poder limitado para tirar a economia de uma possível crise.

O índice de volatilidade CBOE, ou VIX, termômetro do nervosismo em Wall Street, recuou após dias de incerteza sobre o que Bernanke diria. O VIX recuou 10,2 por cento após ter cedido 14 por cento mais cedo, patamar mínimo da sessão.

"Ele não deu ao mercado a luz verde para um novo programa de estímulo. Também não deu uma luz vermelha", disse o estrategista de mercado da Stifel, Kevin Caron.

"Ao sugerir que a inflação não é vista como uma preocupação, ele deixa a possibilidade de algo à frente", afirmou.

As ações do setor de tecnologia lideraram o avanço, com papéis da Cisco, Microsoft e Intel registrando os maiores ganhos do Dow Jones.Nesta sexta-feira, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) se expandiu a uma taxa anual de 1 por cento, revisando para baixo a leitura anterior de 1,3 por cento.

Economistas previam uma revisão para 1,1 por cento. No primeiro trimestre, a economia avançou apenas 0,4 por cento. A segunda estimativa para o período entre abril e junho confirma que o crescimento ficou quase estagnado nos primeiros seis meses do ano.