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Nesta sexta-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o governo Lula pelos constantes adiamentos do anúncio do pacote de medidas para corte de gastos.
Em uma publicação nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou a notícia de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou para a próxima semana o anúncio do pacote.
“A próxima semana não chega nunca. Hoje, aumentam-se impostos, cobram-se taxas e enquanto isso nada de concreto ao povo. Só regalias pessoais à organização e aos mais chegados”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no X, nesta sexta-feira (22).
“Nossa gestão diminuía impostos de alimentos, medicamentos e produtos em geral e a arrecadação aumentava pela liberdade de escolha dada ao povo”, completou.
Haddad anunciou bloqueio de R$ 5 bi do orçamento
Nesta quinta-feira (21), Haddad confirmou que o governo fará um bloqueio de cerca de R$ 5 bilhões no Orçamento de 2024.
O valor exato, segundo ele, ainda depende de uma variável em análise pelo Ministério do Planejamento (MPO), mas não será necessário um novo contingenciamento neste ano.
O bloqueio havia sido confirmado mais cedo pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil, e será anunciado ainda nesta sexta (22) pela Junta de Execução Orçamentária (JEO).
Paralelamente, o aguardado pacote de corte de gastos, que terá efeitos a partir de 2025, foi novamente adiado.
Haddad confirmou que as diretrizes ainda precisam ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma reunião que ocorreria nesta sexta (22), mas foi remarcada para segunda (25).
“Nós vamos bater com ele a redação de um ou outro detalhe, inclusive o acordo que foi feito com a Defesa, que ele soube só informalmente por mim hoje [quinta]”, disse o ministro.
O pacote é uma resposta à preocupação do mercado financeiro com a trajetória fiscal do país e deve gerar uma economia estimada de aproximadamente R$ 70 bilhões nos dois primeiros anos. Em 2025, a previsão é de R$ 30 bilhões em alívio nas contas públicas, enquanto em 2026 o impacto deve chegar a R$ 40 bilhões.
Haddad evitou confirmar os números exatos, mas garantiu que as medidas “serão suficientes para reforçar o arcabouço fiscal”.