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A terça-feira (17) é negativa para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Às 16h40, alinhado com o observado na maior parte das bolsas do exterior, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 4,12%, a 40.118 pontos.

A queda do dia é puxada justamente pela ação que mais se valorizou nas últimas semanas, a Vale do Rio Doce. O papel ON da companhia caía mais de 6% pouco depois das 15h.

No mesmo horário, somente duas - Brasil Telecom e Light - das 66 ações que compõem o Ibovespa, indicador-referência para o mercado nacional, registravam valorização nesta terça-feira. O volume financeiro era de R$ 2,42 bilhões neste horário.

EUA

Em Wall Street, os investidores voltam de feriado e não encontram boas notícias. Além da preocupação com o setor financeiro, que segue sem solução para a montanha de ativos podres que carrega, as montadoras voltaram ao foco. Com isso, as bolsas do país abriram com fortes perdas.

Nesta terça, General Motors (GM) e Chrysler devem apresentar seus planos de reestruturação, uma condição para ter acesso a dinheiro do governo. Ainda no setor, a Daimler registrou prejuízo no quarto trimestre, reflexo de sua participação na Chrysler e de uma queda acentuada nas vendas da marca Mercedes-Benz.

Decepção

O gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, avalia que grande parte desse pessimismo global pode ser atribuído à decepção do mercado com as primeiras atuações do governo Barack Obama.

Segundo Machado, o mercado queria uma solução para o setor financeiro e recebeu apenas discursos. " Não existe certeza, apenas dúvidas. Quanto mais tempo demora, maior fica a impressão de incapacidade do governo dos EUA de reagir à crise ", resume.

Mercado interno

De volta ao mercado interno, segundo um operador que prefere não se identificar, nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro o investidor estrangeiro saiu da Bovespa. No entanto, o saldo das negociações no acumulado do mês até o dia 12 ainda está positivo em R$ 1,5 bilhão. Até dia 9, o saldo passava de R$ 2 bilhões.

Outro ponto que garante instabilidade ao pregão é o vencimento do Ibovespa futuro, que acontece nesta quarta-feira (18). Segundo o operador, ainda tem briga entre comprados e vendidos para as séries nos 40 mil, 41 mil e 42 mil pontos.

O especialista também aponta que os estrangeiros estão reduzindo sua posição comprada no Ibovespa futuro. Os contratos, que já passaram de R$ 2 bilhões no começo da semana passada, caíram para perto R$ 1,5 bilhão.

Europa e Ásia

Na Europa, a terça-feira foi um dia de perdas acentuadas. O setor bancário voltou a derrubar com força as operações nas bolsas, que fecharam em baixa de mais de 2%. Preocupações com instituições do Leste Europeu e possíveis reflexos em grandes bancos da Europa Ocidental aumentaram a tensão dos investidores.

Com isso, o índice FTEurofirst 300, que reúne as principais bolsas européias, terminou em baixa de 2,5%, a 765 pontos. O indicador perdeu já 7,9% neste ano, após ter caído 45% em 2008.

Na Ásia, os principais mercados também tiveram fortes quedas. A bolsa do Japão recuou 1,4%, enquanto em Seul a baixa foi de 4,1%.

Na segunda-feira, a Bovespa operou em baixa durante a maior parte do dia, mas inverteu de sentido no final do pregão. Ao fim do dia, a bolsa paulista fechou com alta de 0,4%, aos 41.841 pontos.

O giro financeiro foi de R$ 4,9 bilhões. No fim do pregão, as "blue chips" Petrobras e Vale do Rio Doce se recuperaram das baixas registradas ao longo do dia e fecharam com leve valorização.

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