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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,82% nesta sexta-feira, aos 38.630 pontos. Foi a segunda valorização seguida do Ibovespa e a terceira registrada desde o dia 10 de maio, quando o aumento dos juros nos Estados Unidos iniciou um período de turbulência no mercado financeiro mundial. De lá para cá, a bolsa caiu em dez dos 13 pregões e acumulou desvalorização de 7,97%.

A reação dos últimos dois dias foi propiciada pela divulgação de indicadores da economia americana que reduziram as preocupações com a inflação do país, embora não as tenham dissipado por completo. Em sua segunda baixa consecutiva, o dólar comercial fechou em queda de 2,23%, vendido a R$ 2,241. Com isso, a moeda americana fechou a semana com valorização de 1,49%. Na quarta-feira, o dólar havia atingido R$ 2,401, o patamar mais alto desde agosto do ano passado. Às 17h45m, o Risco Brasil, calculado pelo banco JP Morgan, recuava 0,37%, marcando 269 pontos centesimais.

Analistas ressaltam, no entanto, que dois dias positivos não são suficientes para se falar em recuperação do mercado.

- Não dá para entender como reversão - disse Susumo Asai, da administradora de recursos do Itaú. - Infelizmente, o mercado está basicamente respondendo aos indicadores da economia dos Estados Unidos - acrescentou.

Nesta sexta-feira, a divulgação do índice de preços de gastos com consumo dos Estados Unidos, uma das medidas de inflação mais consideradas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em suas decisões sobre juros, animou os investidores. Em abril, o núcleo do indicador, que exclui do cálculo os preços de energia e alimentação, subiu 2,1% no acumulado em doze meses. A variação foi em linha com as projeções dos analistas e pode reduzir temores de que o Fed eleve os juros para além do desejado.

Ontem, dados do Produto Interno Bruto americano - que mostraram um leve arrefecimento da economia e uma inflação sob controle - também foram o principal motivo para a calmaria do mercado. A alta da Bovespa foi a maior em dois anos e a queda do dólar, a mais intensa desde agosto de 2002. Ao fim do dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não se conteve e lamentou que a moeda americana tenha voltado a se desvalorizar ( leia aqui ).

Juros

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos deram sequência ao movimento de queda da véspera - com exceção do depósito interfinanceiro (DI) mais curto. O DI para junho de 2006 subiu de 15,66% na véspera para 15,68% ao ano. O DI para janeiro de 2008, o mais negociado, caiu de 15,80% para 15,34%. O DI para janeiro de 2007 cedeu de 15,30% para 15,12%. O DI para abril de 2007 recuou de 15,30% para 15,12%.

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