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A Bolsa de Valores de São Paulo teve mais um dia de fortes ganhos nesta segunda-feira e renovou seu recorde, com investidores otimistas quanto às perspectivas para o quarto trimestre. No ano, a alta já está em 40,2 cento.

O principal indicador da bolsa paulista encerrou quase na máxima da sessão, com valorização de 3,1 por cento, a 62.340 pontos. Nos Estados Unidos o índice Dow Jones também teve fechamento recorde.

A maior alta do Ibovespa foi registrada por uma dos papéis mais importantes da bolsa, Companhia Vale do Rio Doce, , que disparou 6,5 por cento, para 55,60 reais, com o mercado apostando em forte alta dos preços de minério de ferro. O setor também foi destaque no resto do mundo nesta segunda-feira.

A mineradora ficou com cerca de um sexto do volume total da Bovespa, que atingiu 6,4 bilhões de reais, bem acima da média diária do ano, de 4,3 bilhões de reais. Uma casa que atua para estrangeiros se destacou entre as compras.

"Provavelmente está acontecendo a mesma coisa que na semana passada, tem algum estrangeiro comprando forte", afirmou o gestor de uma corretora nacional, que prefere não ser identificada.

Na última terça-feira, a Vale informou que a gestora de recursos Black Rock, que administra 1,2 trilhão de dólares, adquiriu em nome de alguns clientes participação que representa 5,66 por cento das ações preferenciais classe A da empresa.

Mas a alta na Bovespa foi generalizada. Dos 63 papéis do Ibovespa, apenas oito caíram e um se manteve estável. Bradespar, que possui forte peso de Vale, subiu 6,09 por cento, para 111,08 reais.

"Os ativos financeiros globais ganharam novo fôlego com a acomodação da crise no segmento de hipotecas após a realização de algumas ações importantes no campo da política monetária", afirmou a consultoria Austin Rating em relatório.

Entre as decisões que motivaram a compra de ações esteve o corte de juro norte-americano de 0,5 ponto, acima do esperado pela maioria, no dia 18. E investidores já apostam em mais uma redução este mês, o que tem ajudado a impulsionar o mercado.

"A visão de médio e longo prazos é positiva, mas acho que o mercado ainda vai ter bastante volatilidade. Os indicadores que sairão nos Estados Unidos podem ser um fator para causar essa volatilidade. Eles vão dar mais subsídios para saber se dia 31 vai ter outro corte de juro (nos EUA)", disse José Cataldo, analista da corretora ABN Amro Real.

Outro ponto importante será a temporada de balanços, que ganha força nos Estados Unidos na semana que vem.

"A tendência positiva está muito forte. Está subindo há muito tempo, com bastante força. Mas pode ter realização pontual (antes de subir de novo)", complementou Cataldo, que tem preço-alvo em torno de 65 mil pontos para o fim do ano.

Os estrangeiros têm contribuído bastante para a alta da bolsa paulista. Em setembro, até dia 26, o saldo externo está positivo em 2,8 bilhões de reais, depois de três meses seguidos de saída.

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