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Mercado Financeiro

Bovespa fecha em queda de 0,83% e dólar cai 1,1%

Num pregão indeciso, a Bovespa acabou pendendo para o lado negativo na última hora, com o aprofundamento das perdas em Wall Street. Mas o período da tarde até então havia sido um pouco mais unânime - e positivo - com a alta das ações de Vale e Petrobras. O índice fechou em queda de 0,83%, aos 37.968,11 pontos. Às 18h17, o Dow Jones caía 2,50%, o S&P, 1,97%, e o Nasdaq, 0,95%. O dólar à vista recuou 1,16%, para R$ 2,471 na BM&F, e 1,12%, para R$ 2,472 no balcão.

Até a última hora do pregão, apesar de muito sobe-e-desce, a Bovespa vinha conseguindo manter-se em alta, ajudada pelas compras, inclusive de estrangeiros, em Petrobras, Vale e siderúrgicas. Petrobras, entretanto, acabou cedendo à piora externa e caiu. As ações ON perderam 1,06% e as PN, 0,49%. Em Nova York, o preço do barril de petróleo para janeiro recuou 3,75%, para US$ 42,07. Vale, que também titubeou agora no final, conseguiu sustentar o fechamento positivo. As ações ON avançaram 1,4% e as PNA, 0,04%.

Diante da falta de notícias novas hoje - principalmente sobre a ajuda que está sendo costurada no Congresso às montadoras - os investidores reagiram aos alertas de lucros menores de Federal Express (FedEx) e Texas Instruments, aproveitando para embolsar os lucros das últimas sessões.

As ações das siderúrgicas no Brasil subiram em bloco, ainda na expectativa de um possível novo pacote de estímulo pela China e com as obras em infra-estrutura que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, planeja para ajudar a tirar o país da crise. Se efetivadas, as notícias devem diminuir o tamanho da retração econômica global, ajudando as produtoras de commodities.

O PIB do terceiro do trimestre do Brasil também esteve rondando o horizonte das negociações domésticas, embora não tenha feito preço nos ativos. Trata-se de um dado do passado, mas que favorece as expectativas para o último trimestre do ano. Os especialistas repetem que o Brasil já sentirá a crise neste último trimestre de 2008, mas o tombo pode ser amenizado diante do número forte de agosto até setembro, no chamado 'efeito carregamento'.

Nos EUA, o único indicador relevante divulgado hoje não foi tão ruim: as vendas pendentes de imóveis residenciais em outubro nos EUA caíram bem menos que o previsto. O índice de vendas de imóveis residenciais pendentes recuou 0,7% para 88,9 em outubro, de 89,5 em setembro. Analistas projetavam queda de 3,5%.

Na Europa, dando continuidade ao impulso positivo iniciado na segunda-feira e na expectativa do plano de socorro para as três grandes montadoras americanas de Detroit, as bolsas subiram. Os números melhor que o esperado da pesquisa de sentimento do instituto alemão ZEW- uma pesquisa com analistas e investidores institucionais sobre suas expectativas econômicas - também favoreceram as compras. Em Londres, o índice FT-100 subiu 2,06%; em Paris, o índice CAC-40 avançou 1,55%; em Frankfurt, o índice Xetra-Dax teve alta de 1,34%.

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