No embalo dos mercados americanos, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 0,86%, 38.322 pontos e volume financeiro de R$ 2,174 bilhões.
As bolsas dos Estados Unidos acentuaram um pouco sua queda depois que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) divulgou a ata da última reunião do comitê de mercado aberto (Fomc) , que optou por manter os juros em 5,25% ao ano. O momento coincidiu com o choque de um avião contra um prédio de Nova York, mas logo a suspeita de terrorismo foi afastada por policiais.
Na nota, o Fed se disse "muito preocupado" com as pressões inflacionárias.
- A ata está mais dura do que se imaginava, dando pouca importância à questão da atividade econômica e bastante peso à inflação. Isso dá a entender que eles chegaram a discutir se o nível de juros atual é suficiente para conter a inflação - diz o economista-chefe do banco Modal, Alexandre Póvoa.
- No mínimo, sinaliza que a expectativa que o mercado tinha de que a taxa poderia cair no início de 2007 não se cumprirá - completa.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,13%, a 11.852,1 pontos. O Nasdaq recuou 0,31%, a 2.308,27 pontos. O S&P, por sua vez, teve queda de 0,26%, a 1.349,95 pontos.
As cotações do petróleo, que chegaram a operar em alta no início dos negócios, voltaram a cair e atingiram a menor cotação do ano .
A redução dos preços influenciou as ações da Petrobras, que perderam 1,02%, a R$ 40,68.
Segundo Alexandre Póvoa, de uma maneria geral, o mercado também se ressentiu do resultado da pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha, que mostrou um aumento da vantagem entre o presidente Lula e o candidato tucano, Geraldo Alckmin, para 11 pontos percentuais. A interpretação é de que Alckmin teria uma facilidade maior para aprovar reformas no Congresso.
Ações de setores regulados, como o elétrico, tiveram as maiores quedas. Os papéis ordinários da Eletrobras recuaram 5,08%, para R$ 46,70, com a segunda maior queda do índice.
O dólar subiu 0,33%, para 2,1590. O risco-país se mantinha em alta de 0,93%, a 217 pontos centesimais. Já os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2008 ficaram estáveis.
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