Bovespa fecha estável após Grécia; Pão de Açúcar recua

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A bolsa brasileira fechou praticamente estável nesta quarta-feira, em um pregão dominado pela volatilidade das ações do Pão de Açúcar.

A aprovação do plano de austeridade da Grécia confortou os investidores, mas não foi suficiente para incentivar mais compras em um mercado disposto a realizar lucros.

O Ibovespa subiu 0,05 por cento, a 62.333 pontos. O giro do pregão foi de 6,7 bilhões de reais, sendo 1,7 bilhão de reais somente nas ações do Pão de Açúcar, que desde terça-feira tem dominado o foco dos investidores locais com a proposta de fusão com a operação brasileira do Carrefour.

Após subirem mais de 12 por cento na máxima do dia, os papéis perderam vigor e fecharam em queda de 3,07 por cento, a 71 reais. Operadores identificaram um movimento de compra atipicamente intenso na parte da manhã, em parte devido à cobertura de posições vendidas. Os investidores estrangeiros se destacaram na ponta compradora.

Para Gustavo Pires, analista da XP Investimentos, o mercado agora deve ficar atento à posição do Casino, um dos sócios controladores do Pão de Açúcar e que manifestou contrariedade com a proposta.

"Depois disso vai ter (a análise do) Cade. O ganho de sinergia talvez demore bastante para começar", afirmou.

A segunda ação com maior volume dentro do Ibovespa, Vale PNA, teve giro de apenas um quarto do Pão de Açúcar. A ação da mineradora caiu 0,2 por cento, a 44,41 reais.

Os papéis de siderúrgicas se destacaram na alta. Usiminas PN avançou 4,78 por cento, a 13,81 reais, Gerdau PN subiu 3,12 por cento, a 16,18 reais, e CSN ON ganhou 1,96 por cento, a 19,25 reais.

Relatórios de bancos estrangeiros projetaram um cenário melhor para os preços do aço, com o Deutsche Bank afirmando que a demanda na China deve favorecer as empresas do setor ao longo do segundo semestre do ano.No lado de baixo, além de Pão de Açúcar, a construtora Rossi se destacou, com variação negativa de 2,49 por cento, a 12,91 reais.

Fora do Ibovespa, as ações da empresa de planos coletivos de saúde Qualicorp dispararam na estreia na Bovespa, com alta de 15,77 por cento, a 15,05 reais.