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O setor de tecnologia da informação (TI) liderou o ranking de fusões e aquisições no Brasil no ano passado, segundo levantamento feito pela consultoria KPMG. Foram 90 transações com empresas deste setor, cinco a mais do que o registrado em 2010 - um crescimento de 5,9%. A pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG é realizada desde 1994.

Ainda de acordo com a KPMG, num cenário de crise na Europa e recuperação lenta da economia americana, o Brasil bateu novo recorde de fusões e aquisições registrando 817 operações, que envolveram direta ou indiretamente empresas brasileiras entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano passado. O recorde anterior havia sido batido em 2010, com 726 operações deste tipo.

"Os negócios entre empresas brasileiras também estabeleceram um recorde em 2011, superando a marca anterior de 379 negócios observada em 2008. As operações entre empresas brasileiras corresponderam a 50% do total dos negócios do ano", diz Luís Motta, sócio da KPMG responsável pela área de fusões e aquisições.

No segundo lugar do ranking dos setores que mais fizeram negócios deste tipo ficou o segmento de telecomunicações e mídia, com 59 operações, um salto de 110,7% ante os 28 negócios do ano passado. Segundo a KPMG, esse aumento está relacionado a muitas transações de empresas "pontocom".

A terceira posição do ranking ficou com o segmento imobiliário, que registrou 46 transações, 12,2% acima do número verificado em 2010. Na quarta posição, ficou o setor de alimentos, bebidas e fumo com 44 transações, avanço de 4,8% frente as 42 referentes de 2010. Na quinta posição ficou o setor de energia, com 42 transações, sete a mais que no ano anterior.

Segundo a pesquisa, do total de operações, 410 foram domésticas, isto é, envolveram empresas controladas por capital brasileiro, indicando um crescimento de aproximadamente 23% em relação a 2010, quando foram registradas 333 operações deste tipo. Já as operações envolvendo empresas de capital estrangeiro e empresas brasileiras cresceram cerca de 19%, com 208 negócios, frente aos 175 de 2010.

"O Brasil efetivamente esteve na agenda dos investidores estrangeiros em 2011 que, apesar das turbulências verificadas nos Estados Unidos e na Europa, identificaram muitas oportunidades para expandir suas operações por aqui e, com isso, estabeleceram um novo recorde para este tipo de transação, superando com sobras o recorde anterior verificado em 2010", acrescenta o executivo.

Já as operações de internacionalização de empresas brasileiras caíram 14%, passando de 65 transações em 2010 para 56 em 2011. Também houve uma queda de cerca de 17% nas transações em que uma empresa de capital brasileiro adquire de estrangeiros empresa de capital estrangeiro estabelecida no país. Houve 29 negócios deste tipo contra 35 de 2010.

Nas transações onde uma empresa de capital estrangeiro adquire de estrangeiros uma empresa de capital estrangeiro estabelecida no Brasil houve estabilidade. Foram registradas 107 operações deste tipo contra 108 observadas em 2010.

"Os números relativos às transações entre empresas brasileiras e estrangeiras apontam que as empresas estrangeiras têm priorizado seus investimentos no Brasil, tanto no crescimento das aquisições como na redução das vendas de operações estrangeiras no Brasil. Sob a ótica das empresas brasileiras, a queda do movimento de internacionalização parece sinalizar que a maioria também optou pelo Brasil como sua principal plataforma de crescimento", complementa Luís Motta.

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