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O Brasil criou em 2009, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 995.110 empregos formais. O número de empregos criados no ano é o menor desde 2003, quando foram criadas 645.433 vagas. Os números de 2009 foram afetados pela crise financeira internacional, que diminui as contratações desde o final de 2008.

O resultado anual foi prejudicado pelo mau desempenho de dezembro, quando foram perdidas 415.192 vagas. Foi a primeira vez desde janeiro em que as demissões superaram as contratações. Naquele mês, o Brasil perdeu 101.748 empregos formais e veio se recuperando ao longo dos meses até registrar nova queda em dezembro.

Em dezembro, a maior perda de vagas se concentrou em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás.

O último mês do ano é tradicionalmente um mês de demissões devido às contratações temporárias para o Natal. O resultado, no entanto, foi pior do que o esperado. O próprio ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu que o mês teve mais demissões do que o previsto.

Apesar do pior desempenho desde 2003, o ministro do Trabalho destacou que o número é positivo quando comparado a outros países. "É um número muito forte, o mais forte do G20, eu acredito. Mas para o Brasil é mais fraco que nos anos anteriores".

Setores e regiões

O setor de serviços foi o que gerou mais empregos no ano passado. Foram 500.177 vagas de trabalhos formais. O comércio abriu 297.157 vagas. A construção civil registrou 177.185 novos postos de trabalho, enquanto a indústria de transformação abriu 10.865 vagas.

Apenas a agricultura registrou queda no emprego em 2009: foram 15.369 vagas formais a menos.

De acordo com os dados, todas as regiões do Brasil tiveram crescimento no emprego formal em 2009. O Sudeste teve o maior número de vagas criadas, 476.031, enquanto no Norte foram abertos menos postos de trabalho, 37.241. Em 2009, apenas os estados do Maranhão e do Amazonas tiveram desempenho negativo na criação de empregos.

O salário médio dos trabalhadores contratados em 2009 foi maior do que em 2008. Segundo os dados do Caged, o salário médio passou de R$ 741,68 para R$ 780,56, um aumento real de 5,24%. Apenas Maranhão e Distrito Federal tiveram redução neste indicador. Para Lupi, o dado mostra o fortalecimento do mercado interno com uma renda maior do trabalhador. "É o principal fator de saída da crise", disse.

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