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O Brasil saiu do ranking das dez maiores economias do mundo depois de registrar um avanço de apenas 0,1% no PIB do terceiro trimestre, desempenho que derrubou o país para a 11ª posição segundo relatório da Austin Rating . O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado e abriu espaço para a Rússia ultrapassar o país e também o Canadá após forte valorização do rublo.
A Austin Rating explicou que a mudança não foi causada por uma piora recente do Brasil, mas pela “valorização acentuada do rublo”.
“O Brasil inclusive teve valorização do real e melhora nas expectativas de crescimento do PIB, e até diminuiu a distância entre Canadá e Itália, que praticamente não alteraram suas projeções desde o início do ano”, afirmaram os economistas Alex Agostini e Rodolpho Sartori, da Austin, no relatório.
As projeções usadas na análise seguem os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), que atualizou seu relatório global com o desempenho estimado para todos os países-membros. Em meio às revisões, o estudo destacou que o rublo acumulou valorização superior a 39% no ano, impulsionado por controles de capitais, juros elevados e melhora da confiança de investidores diante da possível resolução da guerra na Ucrânia.
Outro fator citado é o enfraquecimento do dólar após o ciclo de cortes de juros nos EUA e a perspectiva de que esse movimento se intensifique caso Kevin Hassett seja indicado ao comando do Fed em 2026. Esse cenário tende a mexer novamente na classificação medida em dólares, especialmente para países emergentes.
“Por muito pouco (apenas US$ 3 bilhões) [a Rússia] quase ocupa a oitava posição da Itália”, pontuaram os economistas. Veja, abaixo, como ficou o ranking da Austin Rating no ano até o momento:
- 1º - Estados Unidos;
- 2º - China;
- 3º - Alemanha;
- 4º - Japão;
- 5º - Índia;
- 6º - Reino Unido;
- 7º - França;
- 8º - Itália;
- 9º - Rússia;
- 10º - Canadá;
- 11º - Brasil;
- 12º - Espanha;
- 13º - México;
- 14º - Coreia do Sul;
- 15º - Austrália.
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O Brasil também perdeu espaço no ranking de crescimento econômico trimestral, ficando na 34º posição com a expansão de 0,1%. Na mesma base de comparação, nações como China, Portugal e Espanha mostraram desempenho melhor, enquanto Israel (3%), Malásia (2,4%) e Cingapura (2,4%) lideraram o avanço global.
Em contrapartida, Tailândia, Suíça e Japão apresentaram as maiores retrações no período, com quedas entre 0,6% e 0,4%, respectivamente, frente ao trimestre anterior. No estudo anterior, referente ao início de 2025, o Brasil havia figurado entre os destaques positivos com crescimento de 1,4%, ocupando a 5ª maior alta do mundo.








