Empresas do Brasil e da Argentina poderão, a partir desta sexta-feira, eliminar o dólar das operações de comércio bilateral, em um novo projeto que visa simplificar e reduzir custos, além de incrementar o intercâmbio entre as duas maiores economias do Cone Sul.
O início do sistema foi anunciado em um ato no Banco Central argentino, encabeçado pela presidente Cristina Kirchner, e que contou com a presença do titular do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles.
A iniciativa, que nasceu em setembro de 2006, pode estender-se aos países restantes do Mercosul, que inclui também o Uruguai, o Paraguai e a Venezuela, em processo para tornar-se um membro pleno.
"Não é somente um feito econômico, um feito político e cultural dos mais importantes e significativos que vivemos nos últimos tempos", disse a presidente.
O comércio bilateral entre Brasil e Argentina deve chegar a 30 bilhões de dólares neste ano.
O sistema de pagamento em moedas locais, batizado de SML, será inicialmente usado para operações de comércio de bens por um prazo de até 360 dias, e poderá incluir também os custos de frete e seguro.
"As operações vão ser muito mais simples", disse o presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado.
"Às seis da tarde de cada dia vamos fixar o tipo de câmbio de referência entre o real e o peso, e isto também vai dar muita transparência e baixar os custos de intermediação (...) sobretudo para as pequenas e médias empresas", concluiu.
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