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Atualizado em 13/04/2006 às 19h58

Brasil e Japão firmaram um memorando nesta quinta-feira expressando um "forte desejo" do país de adotar o formato de televisão digital nipônico, mas sem fechar um compromisso final a respeito, o que pode acirrar ainda mais a disputa para a escolha entre o padrão europeu, japonês e americano .

Fontes do governo japonês, citadas pela imprensa local, indicaram que esse memorando, rubricado em Tóquio pelos ministros das Relações Exteriores japonês, Taro Aso, e brasileiro, Celso Amorim, não refletia as expectativas do Executivo japonês nesta visita.

Durante a semana, Amorim e os ministros Helio Costa, das Comunicações, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, se reuniram com as principais autoridades econômicas e diplomáticas japonesas para levar a cooperação em energia e telecomunicação dos dois países a um novo nível.

Em Tóquio, havia a esperança de que finalmente o governo brasileiro se decidiria pelo sistema de televisão digital japonês e que tal decisão seria comunicada ao longo da visita.

O Brasil, em contrapartida, buscava no Japão outro tipo de compromisso para aumentar os investimentos, sobretudo no setor de tecnologias de última geração, como a de semicondutores.

Tóquio tampouco cumpriu as expectativas, segundo foi observado no texto do memorando.

Na quarta-feira, a delegação ministerial brasileira havia considerado "apropriado" para o Brasil o sistema de televisão digital japonês, mas destacou a necessidade de uma série de ajustes técnicos.

No entanto, nas negociações, os dois governos chegaram ao acordo de que, em caso de o Brasil optar finalmente pelo sistema digital japonês, o país asiático ajudará os fabricantes de eletrônicos brasileiros a terem acesso ao mercado nipônico.

Nesse caso, também os manufatureiros japoneses devem se animar a investir no Brasil.

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