O Brasil pediu aos países europeus neste sábado (15) que melhorem sua administração para contribuir com uma solução para a crise econômico-financeira mundial, que começa a ameaçar os países emergentes.
No fim da reunião do G20 em Paris, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu que os europeus têm assuntos para resolver e têm que atuar de maneira decisiva para conter e superar sua crise financeira e de dívida soberana.
Mantega advertiu que a última oportunidade para resolver estes problemas é a cúpula do dia 23, antes que os líderes do G20 se encontrem em Cannes no início de novembro.
O ministro reconheceu que os problemas da Europa geram uma redução dos índices de crescimento das economias dos países emergentes, mas insistiu que uma deterioração maior pode ser evitada.
A delegação brasileira apresentou um documento aos países reunidos em Paris com soluções defendidas pelo país para o fim da crise.
Entre elas estão a realização de novas provas de resistência aos bancos europeus, com uma recapitalização que inclua um corte dos dividendos pagos e gratificações para os diretores.
Além disso, o Brasil defende barreiras de proteção para a Itália e a Espanha, incluindo o anúncio das medidas de intervenção decididas pelo Banco Central Europeu.
A reforma da governança da Europa é indispensável, afirma o documento, que acrescenta: "isso significa provavelmente uma maior política fiscal e de setor financeiro e uma maior união política".
"Os europeus têm que manter seu cronograma de reformas", concluiu o ministro Mantega, que defendeu um reforço do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Mantega disse que o Brasil apoia que o FMI aumente sua capacidade de empréstimo a curto prazo, e que para isso deveria aumentar seus recursos através de acordos bilaterais.
De acordo com a posição brasileira, estes acordos poderiam ser assinados por países que estejam dispostos e capazes de reforçar rapidamente a capacidade global do FMI.
Os países emergentes do G20 (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) se mostraram dispostos a ajudar os europeus através do FMI, mas outros como os Estados Unidos e Alemanha se opõem a essa solução.
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