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Angra 3 - Se o projeto não atrasar, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, terá condições a partir de 2016 de produzir no Brasil todo o enriquecimento de urânio para a usina | divulgação
Angra 3 - Se o projeto não atrasar, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, terá condições a partir de 2016 de produzir no Brasil todo o enriquecimento de urânio para a usina| Foto: divulgação

O Brasil vai aumentar sua capacidade de enriquecer urânio para usinas nucleares. A Marinha do Brasil vai iniciar, neste ano, a construção de uma fábrica para ampliar a capacidade de fabricação dos conjuntos de máquinas (cascatas) de enriquecimento de urânio. A nova unidade ficará em São Paulo e terá um custo da ordem de US$ 120 milhões.

Se o projeto não atrasar, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, terá condições a partir de 2016 de produzir no Brasil todo o enriquecimento de urânio para a usina de Angra 3. A informação foi dada nesta terça-feira pelo diretor de Produção do Combustível da INB, Samuel Fayad Filho.

Os novos equipamentos fabricados pela Marinha serão instalados na unidade industrial da INB em Resende, onde já estão em operação os primeiros módulos de enriquecimento. A Marinha, que desenvolveu a tecnologia de enriquecimento de urânio pela tecnologia de ultracentrífugas, nos anos 80, já instalou em Resende, na unidade da INB, esses primeiros equipamentos. O enriquecimento do urânio em escala industrial ainda tem volume pequeno, insuficiente para atender uma carga de uma usina.

Usina-piloto em construção

A Marinha também está construindo uma usina-piloto de outra etapa do ciclo do combustível que é a conversão do urânio, que está na forma de pó (yellow cake) em gás, o UF6. Essa conversão até o momento é feita no exterior. Segundo Fayad, a partir dessa fábrica-piloto da Marinha, no próximo ano a INB iniciará a construção da fábrica em escala industrial também em seu complexo, em Resende. Ainda está em estudos a capacidade da fábrica que poderá ser da ordem de processar 1.500 toneladas anuais de urânio. O custo estimado é de R$ 700 milhões.

- A conversão do urânio em gás e o enriquecimento são as únicas etapas do combustível nuclear que são feitos no exteior. A partir desse projeto esperamos já atender a segunda recarga de Angra 3 a partir de 2016/17 com o combustível 100% produzido no país - destacou Fayad.

As recargas das usinas Angra 1 e Angra 2 são contratadas no exterior junto à Urenco, consórcio europeu que enriquece urânio.

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