O Brasil quer ampliar para 45% o porcentual de conteúdo nacional usado pelas montadoras instaladas no México e limitar em US$ 1,4 bilhão por ano a entrada de veículos mexicanos no Brasil com isenção de Imposto de Importação. Esta foi a proposta encaminhada na noite de quinta-feira pelo governo brasileiro aos representantes do governo mexicano que negociam a revisão do acordo automotivo Mercosul-México.
Segundo uma fonte do governo, o porcentual seria ampliado gradualmente inicialmente para 35%, até atingir 45% ao longo dos próximos quatro anos. Hoje está em 30%. A cota anual teria validade para os próximos três anos. O valor foi calculado pela média das importações brasileiras de veículos leves do México em 2009, 2010 e 2011. A proposta também prevê o início imediato do livre comércio com veículos pesados (ônibus e caminhões), segmento em que o Brasil é competitivo. Pelo acordo em vigor, só haveria isenção de Imposto de Importação para estes veículos somente em 2020.
O Brasil alegou desequilíbrio nas relações comerciais entre os dois países para iniciar a revisão do acordo que vigora como livre comércio para veículos leves desde 2007. Por determinação da presidente Dilma Rousseff, os negociadores brasileiros ameaçaram romper o acordo caso houvesse recusa do México em negociar.



