A economia brasileira crescerá 4 por cento ou ligeiramente menos em 2007 e 2008, segundo estimativa do ex-economista-chefe do FMI, Michael Mussa, no estudo "Perspectivas Econômicas Globais 2007/2008: Desaceleração a um Crescimento Sustentável". O economista avalia que no Brasil, "com a ajuda de taxas de juros reais mais baixas e a confiança pública em políticas econômicas sensatas, é razoável prever um crescimento real de 4 por cento ou ligeiramente menor" neste ano e no próximo, depois de uma taxa inferior a 3 por cento no ano passado.
Segundo Mussa, a inflação brasileira conTinuaria em torno de 4 por cento ou um pouco menos, o que permitiria novas reduções da taxa Selic, levando as taxas de juros reais a níveis "significativamente abaixo de 10 por cento pela primeira vez em vários anos".
De acordo com o trabalho de Mussa, que atualmente é pesquisador do Instituto Peterson de Economia Internacional, em Washington, a expansão da economia latino-americana se reduzirá a cerca de 4 por cento em 2007 e 2008 depois de um ritmo relativamente forte de 5 por cento em 2006.
Para os Estados Unidos, o trabalho prevê uma expansão de pouco mais de 2 por cento para 2007 e 2008, abaixo do ritmo superior a 3 por cento do ano passado. Embora descarte um risco alto de recessão, antecipa um "período de leva estanflação (estancamento mais inflação).
O estudo frisa os riscos que enfrenta a economia global, como a volatilidade dos preços do petróleo e outras matérias primas, o ajuste da política monetária, um freio nos fundamentos econômicos que poderia provocar quedas nas bolsas e os desajustes comerciais".



