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IRPF 2022
A Unafisco explicou que isso ocorre porque o governo aumentou o salário mínimo, mas não corrigiu a tabela de isenção do Imposto de Renda (IR)| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com um alerta da União Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional), todos os brasileiros que ganham dois salários mínimos voltarão a pagar imposto de renda em 2024.

A entidade explicou que isso ocorre porque o governo Lula aumentou o salário mínimo, mas não corrigiu a tabela de isenção do Imposto de Renda (IR).

Com o aumento de 10,16% no salário mínimo em 2024, a renda dos brasileiros que ganham dos salários passou de R$ 2.640 para R$ 2.824, valor que está dentro da faixa salarial contemplada pela tabela do IR.

“Enquanto a tabela de isenção permanece sem correção, a faixa de isenção continua em R$ 2.112, permitindo, por artifício, que quem ganha até R$ 2.640 ficasse isento. Agora, com os ganhos de R$ 2.824, essa parcela da população volta a ser tributada, recolhendo R$ 13,80 de imposto todo mês”, diz um trecho na nota emitida pela Unafisco, nesta quarta-feira (17).

Para o presidente da entidade, Mauro Silva, a cobrança é “absurda”.

"É, no mínimo, um absurdo [...] O governo vendeu a ideia de isenção para quem ganha até dois salários mínimos, mas isso não é verdade. Essa parcela agora recolherá R$ 13,80 de imposto todo mês. O governo está penalizando quem ganha menos. É crucial corrigir a tabela do IRPF (Imposto de Renda das Pessoas Físicas) para refletir a realidade da inflação”, destacou Mauro Silva.

A cobrança também atinge aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a Unafisco, a tabela de isenção do IRPF está defasada em 134%. Se corrigida, o valor para não pagamento de imposto seria de R$ 4.942. De acordo com os cálculos da entidade, a correção beneficiaria 13,6 milhões de brasileiros e geraria uma economia de R$ 202 bilhões aos trabalhadores.

O aumento do salário mínimo e a correção da tabela do IRPF foram promessas de campanha do presidente Lula (PT). O petista assegura que corrigirá a tabela antes do fim do seu mandato.

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