Banco Central
Sede do Banco Central, em Brasília.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (1º) manter a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, em 13,75% ao ano. O índice está em vigor desde agosto. O resultado já era esperado pelo mercado financeiro. Esta é a primeira reunião do comitê durante o novo governo Lula (PT).

“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva, e é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024”, diz a nota divulgada após a reunião do Copom.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, ressaltou o comitê.

O Copom apontou que, em seus cenários para a inflação, “permanecem fatores de risco em ambas as direções”. Entre os riscos de alta no cenário inflacionário, o grupo aponta “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais”; a “elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais”; e “um hiato do produto mais estreito que o utilizado atualmente pelo Comitê em seu cenário de referência, em particular no mercado de trabalho”.

Já entre os riscos de baixa, o comitê cita “uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local; uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023”.