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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária a vigorar nas contas de energia no mês de junho continuará no patamar verde. O anúncio significa que será cobrado exclusivamente o consumo, sem a necessidade de taxas complementares aplicadas quando o cenário é desfavorável à geração da eletricidade no país.
Este é o segundo anúncio de bandeia verde desde o fim da Bandeira Escassez Hídrica, que vigorou no país entre setembro do ano passado até 15 de abril. Durante aquele período, o consumidor teve adicionada à sua conta de luz uma cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. O valor tinha como objetivo fazer frente aos altos custos de geração provocados pela crise hídrica de 2021.
A avaliação é de que o país tem boas condições de geração, o que é expressamente comunicado pela Aneel com o acionamento do patamar verde, uma vez que o sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar o custo real da energia gerada e apontar a necessidade do bom uso da energia elétrica. Tal qual um sinal de trânsito, as indicações são feitas com o emprego das cores verde, amarelo e vermelho.
Atualmente, está em estudo a atualização dos valores das cobranças que acompanham esses patamares. A proposta da Aneel é pela manutenção de cobrança zero para a bandeira verde; R$ 2,927 por 100 kWh consumidos para a bandeira amarela e R$ 6,237 a cada 100 kWh para a vermelha patamar 1. A bandeira vermelha patamar 2 iria a R$ 9,33 por 100 kWh consumidos, a única com redução. Os adicionais atuais são de R$ 1,874, R$ 3,971 e R$ 9,492.
A expectativa é de que os novos valores sejam conhecidos em junho, mas a chance de que o brasileiro venha a pagar por eles em breve é bastante reduzida. Em abril, cálculos do Operador Nacional do Sistema (ONS) apontavam que a previsão de bandeira verde durante todo o ano de 2022 é superior a 97%.
