O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo nesta quinta-feira (9) para empresários de supermercados reduzirem o lucro sobre a cesta básica para tentar conter a alta dos preços dos alimentos. Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram do evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta tarde.
"O apelo que eu faço para os senhores, para toda a cadeia produtiva, é para que os produtos da cesta básica obtenham o menor lucro possível, para a gente poder dar satisfação a parte considerável da população, em especial os mais humildes", disse o presidente ao participar por videoconferência.
O chefe do executivo defendeu a colaboração de todos e destacou que considera os preços do óleo de soja, ovo, leite, açúcar e café os atuais "vilões" da cesta básica, informou a Folha de S. Paulo. "Sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído mais. Vocês já têm colaborado nesse sentido, mas colaborem um pouco mais na margem de lucros dos produtos da cesta básica… Se for atendido, agradeço muito; se não for, é porque não é possível", afirmou.
Guedes pediu aos empresários que só corrijam os preços dos produtos em 2023. "É hora de dar um freio nos preços. Empresários precisam entender que temos que quebrar a cadeia inflacionária. Estamos em hora decisiva para o Brasil. Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços, vamos parar de aumentar os preços", disse o chefe da economia durante o evento.
O presidente da associação da Abras, João Galassi, defendeu mais ação das autoridades para conter os preços. "Considerando que não incide impostos federais sobre a cesta básica, como podemos oferecer os itens da cesta básica a menor custo? Não podemos ficar de braços cruzados aguardando uma solução", disse Galassi.
"Após nossa primeira sessão temática, que será justamente a redução de custos através da reforma tributária, peço às autoridades e líderes que nos debrucemos para solucionar a urgência do momento. A sociedade precisa da cadeia nacional de abastecimento. Quero lançar um desafio: nova tabela só em 2023", afirmou Galassi no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento.