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Senadora eleita pelo PP, a ex-ministra Tereza Cristina é apontada como um nome que pode pleitear a presidência do Senado em 2023.| Foto: Marcos Corrêa/PR

A ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo de Jair Bolsonaro (PL), Tereza Cristina, afirmou que após um resultado desfavorável para o agronegócio nas eleições presidenciais deste ano, segundo ela, é hora do setor se organizar e seguir adiante. Cristina, que se elegeu senadora pelo Mato Grosso do Sul, afirmou ainda que os bloqueios registrados nas estradas após o pleito foi um movimento espontâneo e não teve envolvimento de empresários do agro. As declarações foram feitas em entrevista publicada nesta sexta-feira (4) pelo Estadão.

“O que está ocorrendo nas estradas é resultado da indignação das pessoas. Foi uma coisa espontânea das pessoas, de alguns produtores, mas não tem a participação de nenhuma associação, nenhuma instituição, não foi organizado. O agro é um setor que apostou no presidente Bolsonaro desde o início. É natural que haja uma frustração enorme no setor. Ele é um grande líder de direita, estão todos muito tristes, o agro está triste, mas é hora de seguir adiante”, afirmou a ex-ministra.

A senadora, cotada para assumir a presidência do Senado em 2023, afirmou também que a bancada do agronegócio no Congresso estará aberta para dialogar com o próximo governo do presidente eleito Lula (PT) e trabalhará na aprovação de projetos que sejam favoráveis ao setor.

“Numa democracia, mesmo sendo oposição, temos de estar abertos a dialogar, para trabalhar pelo setor. O Brasil precisa do agro, independentemente de quem estiver à frente do governo”, disse. “Temos uma bancada do agronegócio para organizar as pautas que lhe são caras, e que podem vir a ter um viés diferente do que se previa. Tudo começará a ser tratado imediatamente”, declarou.