Sede da Evergrande
Sede de construtora Evergrande, em Xangai| Foto: Alex Plavevski/EFE/Gazeta do Povo

O banco central chinês fez nova injeção de capitais no sistema financeiro nesta quinta-feria (23) na tentativa de acalmar o mercado em meio à crise da Evergrande. O montante, novamente de US$ 18,6 bilhões, representa a maior intervenção de Pequim no mercado em 8 meses. A medida ocorre no mesmo dia em que vencem pagamentos de US$ 83,5 milhões em juros de títulos emitidos pela companhia.

Segundo O Globo, a presidência da companhia emitiu comunicado afirmando que priorizará o resgate das aplicações por parte dos investidores, o que acalmou os mercados. Em Hong Kong, as ações da empresa fecharam o dia no campo positivo, com alta de 18%, mas chegaram a alcançar 32% durante o dia, reflexo também do anúncio de um acordo doméstico relacionado aos títulos, para a resolução de parte da dívida.

O pagamento por parte da Evergrande (mesmo que parcial) ainda é incerto, mas há prazo de carência de 30 dias para que um calote seja oficialmente declarado. Além dos vencimentos desta quinta, há ainda outro, de US$ 47,5 milhões, com pagamento previsto para a semana que vem. No total a empresa acumula dívida de US$ 300 bilhões.

O temor nos mercados financeiros pelo mundo é de que uma eventual falência da gigante imobiliária chinesa contamine a economia do país, risco que amplia as pressões para que o governo socorra a companhia. O governo central ainda não se manifestou. Informações de bastidores dão conta de que os governos locais estariam sendo orientados a se preparar para um colapso da empresa privada de construção civil.