Gasto público do governo tem, em geral, três fontes de financiamento: arrecadação, endividamento e emissão monetária.
| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O governo federal teve um rombo de R$ 21,2 bilhões em fevereiro deste ano, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta terça-feira (30). Esse é o valor em que as despesas (Previdência, folha de pagamento e outros) superaram as receitas com impostos e outras fontes. O valor não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida, por isso é chamado de resultado primário.

Apesar de negativo, o resultado foi 22% menor do que o déficit registrado no mesmo mês do ano passado, em valores reais (atualizados pela inflação). A melhora se deu devido a um aumento real de 9,9% da receita líquida e um acréscimo real de apenas 2,3% das despesas totais. Segundo o Tesouro, a arrecadação extraordinária de dois impostos federais cobrados das empresas (IRPJ/CSLL) e o comportamento dos tributos sobre o comércio exterior explicam a alta da arrecadação em fevereiro deste ano.

Com o número de fevereiro, o resultado acumulado no ano totaliza um superávit primário de R$ 22,4 bilhões, ante superávit de R$ 18,3 bilhões no mesmo período de 2020 (em termos nominais). Em janeiro de 2021, o governo registrou um superávit de R$ 43,2 bilhões, interrompendo um ciclo de 11 resultados negativos.