O ministro da Economia, Paulo Guedes, em imagem de arquivo.
Paulo Guedes esteve na quarta-feira (12) em Washington, nos Estados Unidos, para reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.| Foto: Washington Costa/Ascom/ME

O ministro da Economia Paulo Guedes criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) após o órgão afirmar que os gastos do governo brasileiro na área social poderiam ser menores. Para Guedes, o FMI tem que “falar menos besteira e trabalhar mais”. O ministro esteve na quarta-feira (12) em Washington, nos Estados Unidos, para reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

"Quer dizer, há seis meses, estava todo mundo dizendo que os brasileiros estão passando fome. Aí o FMI diz que o gasto podia ser menor. Isso que eu falo: o FMI tem que falar menos besteira e trabalhar um pouco mais pra alertar os americanos, os europeus, né?”, afirmou Guedes.

"Enquanto eles estão puxando a nossa orelha, o Brasil está crescendo mais, a inflação está mais baixa. Não acredito que o FMI esteja de má vontade com o Brasil, acho que é erro técnico mesmo", declarou o ministro.

Ao falar sobre os gastos sociais do país, Guedes afirmou que o governo brasileiro continuará ampliando os recursos para essa área. "Nós criamos na urgência do combate ao Covid e acabou virando o Auxílio Brasil permanente agora, e o nosso programa social saiu de 0,4% do PIB pra 1,5% do PIB. É três vezes maior, é o maior programa de combate à pobreza e de inclusão social que o país já fez. Se o FMI está achando que a gente gastou muito com programa social, ele não entendeu nada porque nós vamos continuar gastando esse dinheiro com o social", disse Guedes.

Guedes ainda afirmou que os Estados Unidos e a Europa estão “dormindo no volante” na área fiscais e de política monetária. "Em relação aos Estados Unidos e à Europa, é a terceira ou quarta reunião que tivemos em que alertei que eles estão bem atrasados, estão dormindo no volante. É incrível porque geralmente as reuniões do FMI são usadas para alertar as economias emergentes para fazer o dever de casa. Acho que eles deveriam se olhar no espelho porque não estão fazendo um bom trabalho, estão bem atrasados ​​no fiscal, na política monetária. O efeito é que a inflação está disparando", afirmou o ministro brasileiro.