O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que uma eventual privatização da Petrobras está descartada neste mandato. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, na terça-feira (29), o ministro comentou a troca de presidente da estatal e minimizou o impacto da medida sobre a empresa.
“O presidente (Bolsonaro) disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato”, declarou Guedes. Ele afirmou também ser favorável à privatização da petroleira, mas reforçou que a decisão final cabe ao presidente da República. Bolsonaro já afirmou publicamente que gostaria de privatizar a empresa.
“Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia. Eu não tenho nada a comentar sobre a Petrobras”, disse Guedes. Com relação à troca do general da reserva Joaquim Silva e Luna pelo economista Adriano Pires na presidência da Petrobras, o ministro disse que a mudança não terá consequências práticas sobre a gestão da empresa. “Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais”, comentou. O novo presidente da estatal também já afirmou que a privatização da Petrobras seria a solução definitiva para a volatilidade dos preços dos combustíveis.
Durante a entrevista, Guedes prometeu executar outras privatizações até o fim do ano no país, como a da Eletrobras e a dos Correios, além de avançar com concessões de portos e aeroportos.