Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo
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Previsto para março de 2020, o leilão de frequências para a quinta geração da telefonia celular (5G) deve movimentar cerca R$ 20 bilhões, segundo estimativas do conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, relator do edital no órgão regulador. Deste total, R$ 10 bilhões deverão ir para o caixa do governo. A outra metade deverá corresponder às obrigações de investimentos e coberturas a cargo das empresas.

O edital para o leilão para a próxima geração da infraestrutura de dados móveis foi colocado em audiência pública neste mês e, na opinião do conselheiro, deverá prever uma forma de atrair mais empresas pequenas, como forma de levar a tecnologia aos "rincões do país", como destacou em entrevista ao Estadão/Broadcast.

"A tecnologia de quinta geração não é apenas uma evolução do 4G, mas uma proposta que vai além do simples aumento de capacidade, velocidade e vazão de dados. Eu chamaria o 5G de quarta revolução industrial. A banda larga móvel terá altíssimas velocidades e a nossa vida vai mudar completamente. A indústria vai se modernizar, o PIB vai crescer. No serviço público, os hospitais vão ganhar muito com cirurgias que poderão ser feitas à distância, por conta da alta confiabilidade das redes. Teremos veículos autoguiados, trens, ônibus. Supermercados e clínicas conectados. O 5G vai inserir o ser humano na sociedade digital, em que tudo vai funcionar de forma interligada. Nossa história vai ser antes e depois do 5G", destaca Aquino. A expectativa é a de que a frequência 5G esteja disponível nas grandes capitais a partir de 2021.