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Os irmãos Joesley e Wesley Batista foram absolvidos por maioria dos membros da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta segunda (29), da acusação de utilizar informações privilegiadas para negociações no mercado financeiro entre os anos de 2017 e 2018. Na época, Joesley gravou uma reunião que teve com o então presidente Michel Temer (MDB), e que vazou à imprensa no episódio que ficou conhecido como “Joesley Day”, derrubando a Bolsa de Valores de São Paulo a 8,8% no dia seguinte.
Além dos irmãos Batista, outros executivos do grupo e empresas controladas pelos empresários também foram inocentados em três processos que investigaram manipulação de preços, uso indevido de informação privilegiada, violação ao dever de lealdade e abuso de poder de controle. O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, e os diretores Otto Lobo, João Accioly e Alexandre Rangel votam pela absolvição, enquanto que a diretora Flávia Perlingeiro pediu vistas dos processos e deve apresentar o voto faltante em até 60 dias
Joesley e Wesley chegaram a ser presos em setembro de 2017, mas fora soltos cerca de seis meses depois. A defesa da holding dos empresários afirma que o julgamento da CVM “desfaz a injustiça cometida contra o grupo e os empresários, ratificando a lisura e a legitimidade com as quais a J&F, seus executivos e empresas controladas sempre operaram no mercado financeiro”.



