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Ex-presidente Lula afirmou que não pode “enriquecer um acionista americano e empobrecer a dona de casa”.| Foto: Joédson Alves/EFE

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3) que não pretende manter o preço dos combustíveis vinculado ao dólar, caso seja eleito presidente da República em 2022. A paridade internacional ocorre atualmente na política de preços da Petrobras. "Nós não vamos manter o preço dolarizado. Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, têm direito de receber dividendos quando a Petrobras der lucro, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro", disse o petista em entrevista à Rede de Rádios do Paraná (RDR).

A mudança na política de preços dos combustíveis da Petrobras foi realizada no governo do ex-presidente Michel Temer. "Eu não posso enriquecer um acionista americano e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa do preço da gasolina”, disse Lula. O ex-presidente afirmou ainda que parte da inflação vem de preços controlados pelo governo.

"Quase 40% da inflação hoje é por preços controlados pelo governo. É o governo que controla energia, que controla petróleo, gás e óleo diesel. Se o governo tiver coragem, ele pode reduzir um pouco. Mas ele não tem coragem, o que ele quer fazer é vender, porque ele não sabe criar. Então vende. Isso não é governar, é destruir o patrimônio", ressaltou o petista.