O início dos trâmites para a privatização do Porto de Santos havia sido iniciado em setembro pelo atual governo.
O início dos trâmites para a privatização do Porto de Santos havia sido iniciado em setembro pelo atual governo.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O futuro ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que a privatização do Porto de Santos, o maior da América Latina, está descartada. Segundo ele, a autoridade portuária vai continuar estatal e serão feitas concessões apenas de terminais dentro do próprio Porto. As declarações foram feitas na quinta-feira (22) ao Estadão. O início dos trâmites para privatização do Porto havia sido iniciado em setembro pelo atual governo.

Ainda segundo França, as concessões que ainda não foram homologadas vão passar pelo crivo da nova gestão petista. “Aonde já foi feito a gente respeita, agora há situações que não foram homologadas. As que não foram homologadas vão passar pelo crivo do novo governo, com os técnicos que tenham nossa visão sobre isso. Visão de que a questão portuária e aeroviária é estratégica para o país”, declarou o futuro ministro. “Estava prevista uma concorrência agora e nós pedimos que eles adiassem tudo para frente para que o presidente pudesse opinar", disse.

Com relação aos aeroportos, França afirmou que algumas das concessões já realizadas poderão ser devolvidas, como os aeroportos de Viracopos em Campinas e do Galeão, no Rio de Janeiro. De acordo com ele, Lula (PT) pretende fortalecer a Infraero, empresa pública que administra os aeroportos do país. "A Infraero é uma empresa de muito histórico, em um país que é de dimensões gigantes, e que, de verdade, veio até aqui fazendo muitas coisas", declarou.