Oi recuperação judicial
Dívidas da Oi chegam a R$ 33 bilhões e podem começar a ser executadas se companhia não conseguir acordo com credores.| Foto: Daniel Castellano/arquivo / Gazeta do Povo

A companhia de telecomunicações Oi confirmou, após o fechamento do mercado nesta quarta (1º), o novo pedido de recuperação judicial protocolado na 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro em caráter de urgência (veja na íntegra).

Segundo a empresa, o processo não vai interromper os serviços prestados aos clientes e nem os investimentos previstos em projetos que já vem desenvolvendo.

No começo de fevereiro, a Oi conseguiu na Justiça uma proteção temporária dos ativos para deixar de pagar dívidas e evitar execuções pelo prazo de 30 dias. A carência, no entanto, vence nesta sexta (3) e a companhia tenta chegar a um acordo com os credores para prorrogar a data.

“Embora a Companhia siga avançando neste sentido, em função de diversos fatores, incluindo (a) a aproximação da data de encerramento dos efeitos da tutela cautelar de urgência que tramita no Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro; (b) as negociações ainda em andamento com os referidos credores financeiros da Companhia e seus assessores, com a existência de pontos negociais ainda sujeitos à concordância entre as partes que impossibilitam a Companhia de concluir, até o presente momento, as negociações e objetivos mencionados acima; (c) o cenário econômico-financeiro em que se encontram a Companhia e suas Subsidiárias, com dívidas vencidas e o potencial vencimento antecipado e cruzado de contratos financeiros celebrados; e (d) necessidade de manutenção da proteção legal contra potenciais execuções de credores e outras medidas contra a Companhia e suas Subsidiárias, o pedido de Recuperação Judicial demonstrou-se a medida mais adequada para a Companhia e suas Subsidiárias neste momento”, diz o fato relevante protocolado na CVM.

A Oi diz, ainda, que o pedido de recuperação judicial será submetido “à ratificação dos acionistas em assembleia geral”, e reafirma que “tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação judicial que permita ganho de valor para a Companhia e suas Subsidiárias e na manutenção do alto nível da prestação de serviços aos seus clientes”.

Este é o segundo pedido de recuperação judicial da Oi. No primeiro, em 2016, a companhia acumulava uma dívida de R$ 65,38 bilhões. A empresa ainda tem uma dívida de R$ 33 bilhões, segundo comunicado recente (veja na íntegra).