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Essa é a maior retirada líquida da poupança (saques menos depósitos) para meses de maio desde o início da série histórica, em 1995.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo.

O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (6) que os brasileiros sacaram R$ 11,75 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança. Essa é a maior retirada líquida (saques menos depósitos) para meses de maio desde o início da série histórica, em 1995.

O desempenho contrasta com maio do ano passado, quanto os correntistas tinham depositado R$ 3,51 bilhões a mais do que tinham sacado. Com o desempenho de maio, a poupança acumula retirada líquida de R$ 69,23 bilhões no acumulado do ano. A aplicação registra a maior retirada acumulada para o período desde 1995. Nos cinco primeiros meses do ano passado, os saques superavam os depósitos em R$ 46,73 bilhões.

Em 2022, a caderneta registrou fuga líquida (mais saques que depósitos) recorde de R$ 103,24 bilhões, num cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa continuam mais atraentes que a poupança.