Banco Central
Sede do Banco Central, em Brasília.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) terminou nesta quinta-feira (16) sem aprovação de medidas relacionadas à meta de inflação. O encontro foi o primeiro do colegiado durante o novo governo Lula. O conselho é formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Na terça (14), Haddad afirmou que a possibilidade de rever a meta não estava na pauta da reunião. Hoje, a meta é de 3,25% para 2023 e 3% para os dois anos seguintes, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as metas atuais e defendeu o patamar de 4,5% que vigorou em seus mandatos anteriores.

"Se a gente fizer uma mudança agora, sem um ambiente de tranquilidade e um ambiente onde a gente está atingindo a meta com facilidade, o que vai acontecer é que você vai ter um efeito contrário ao desejado. Ao invés de ganhar flexibilidade, você pode terminar perdendo flexibilidade”, disse Campos Neto, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na segunda (13).

Durante a reunião, que durou menos de meia hora, o CMN aprovou o balanço do BC, que registrou resultado negativo de R$ 298,5 bilhões em 2022. Desse total, R$179,1 bilhões serão cobertos mediante reversão de reserva de resultado, R$82,8 bilhões serão cobertos por redução do patrimônio institucional do BC, e R$36,6 bilhões serão cobertos pelo Tesouro Nacional, informou a autoridade monetária.

Além disso, o conselho tratou da regulamentação de confederações de serviços constituídas exclusivamente por cooperativas centrais de crédito, e atualizou regras sobre a organização e o funcionamento dos bancos comerciais e dos bancos múltiplos.